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Redação

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Glossário Telejornalismo em Power Point

Telejornalismo – Artigo

A língua falada na Tv – Artigo

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O TEXTO E A IMAGEM

Quando alguém liga a TV para assistir a um telejornal, esta pessoa quer se informar, saber as notícias. E previamente já sabe que isso ocorrerá a partir das imagens. Em algumas ocasiões, imagens fortes levam vantagens sobre as palavras – transmite ao mesmo tempo informação e emoção.

Imagem não é tudo, mas é uma linguagem universal, seu entendimento é imediato e permite aos telespectadores uma experiência com uma realidade diferente daquela que vivem. Esse é o contexto das imagens no telejornalismo.

– Linguagem universal

– Apresenta outras realidades

O desafio no telejornalismo é não deixar imagem e texto competirem um com o outro: ou o texto tem a ver com o que está sendo exibido ou não tem razão de existir, perde sua função. O papel da palavra não é brigar com a imagem.

Nas reportagens de TV é possível identificar questões relacionadas à má sincronia entre imagem e texto:

Redundância: Texto descreve exatamente o que se vê

Paralelismo: Texto e imagem não se complementam e caminham lado a lado de forma independente.

Distanciamento: Quando um e outro não têm nada a ver entre si.

Para redigir um texto para TV, é preciso conhecer e saber quais imagens estão disponíveis para serem coordenadas com as informações. Não se pode escrever uma palavra sem conhecer as imagens, ignorando-as. O trabalho do telejornalismo se diferencia pela imagem. Senão seria rádio, revista ou jornal.

A imagem é parte da natureza da TV e, em telejornalismo,

precisamos casar imagem e informação.

A primeira coisa a se fazer é verificar se existem imagens que se correspondem ás informações que pretendemos colocar no texto. Se existem ótimo. Mas e se não existirem?

É preciso então, conseguir algum outro recurso ou solução visual que possa nos ajudar na edição da matéria. É preciso visualizar a informação: podemos lançar mão de recursos gráficos que, ao acompanhar tal texto, vão facilitar a compreensão. São recursos visuais produzidos a partir de informações – mapas, selos, desenhos, gráficos, quadros parados, legendas, fotos, animação, simulação, reconstituição etc. São chamadas de Artes. As artes inseridas em uma reportagem devem ter objetivo claro de ajudar o telespectador a entender a mensagem transmitida.

Não é preciso fazer uma descrição audiovisual, ou seja, descrever o que o telespectador está vendo. É muito óbvio. A narrativa se torna redundante e cansativa. Para se associar à imagem, o texto deve identificar os elementos fundamentais da notícia. Na TV, as palavras precisam ser precisas, bem escolhidas e o texto deve responder as seis perguntas básicas: Quem? Que? Quando? Onde? Como? Por quê?

O texto não precisa ser descritivo ou redundante, usar informações fundamentais, sendo simples e direto. Desta forma, ele se casa naturalmente com a imagem. Além destes ingredientes, é interessante associar algo que muitas vezes está no próprio jornalista: a emoção. Unir imagem, informação e emoção é transmitir a notícia com uma qualidade ideal.

Cada um que escreve para a TV deve encontrar o seu próprio estilo, pessoal, intransferível de forma a se destacar do estilo padronizado que é facilmente encontrado na televisão brasileira.

EX.:

Notícia: um grupo de sem-terra invade uma fazenda. O proprietário chama a polícia para retirá-los. Os sem-terra já montaram barracas de lona e pretendem lutar pela posse da terra. Vamos imaginar:

Imagens: De barracas, de homens, mulheres e crianças, policiais investindo contra o acampamento e as consequências dessa ação.

Texto:

Os policiais chegaram com tudo, pela manhã, na área da fazenda onde os sem-terra estão acampados.

Eles vieram a cavalo e trouxeram também vários tratores. Cada barraca do acampamento foi destruída, uma a uma, com muita violência. Dezenas de homens, mulheres e crianças, desesperados, corriam para todos os lados. Eles levaram nas mãos o pouco que podiam salvar de suas coisas.

O texto descreve literalmente a ação mostrada nas imagens com muitos detalhes, muitos adjetivos, frases longas, intercaladas, palavras que confundem e não esclarecem. As duas mensagens emitidas (visual e auditiva) estão redundantes, repetitivas.

É preciso então, lembrar que se tem uma imagem forte, impacto, emoção, informação:

A polícia chegou cedo para retirar os sem-terra da área invadida.

Em pouco tempo, o acampamento foi destruído…

(Sobe som ambiente)

Homens, mulheres e crianças saíram correndo e ainda tentaram salvar o que sobrou…

(Sobe som ambiente/ Fade áudio e vídeo)

A indicação som ambiente caracteriza a força e a natureza da imagem, sem necessidade de palavras, sem necessidade de descrição da cena. É uma questão de narrativa. É preciso perceber se talvez o som ambiente ou mesmo o silêncio podem dizer mais do que qualquer texto descritivo.

A atenção do telespectador às vezes está dispersa. Por isso, existem alguns recursos que podem ser utilizados para sensibilizar que esta do outro lado da tela.

Atenção para esta última informação…

Uma notícia que acabamos de receber

Urgente: as agências informam que…

E existem recursos de texto para ressaltar determinadas imagens da matéria, para valorizá-las ou chamar a atenção do telespectadores naquele instante:

Vamos acompanhar as imagens…

Vejam agora imagens exclusivas…

Os detalhes nas imagens em câmera lenta…

*** É preciso lembrar sempre que as imagens são bem percebidas na televisão

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O TEXTO ESCRITO PARA SER FALADO

Escrever para a televisão é “escrever para os ouvidos”. Jornais impressos são escritos para os olhos. Se o leitor não entender ele pode voltar e ler novamente o trecho incompreendido.

No telejornalismo, o texto é escrito para ser falado pelo locutor ou pelo repórter e ser ouvido pelo telespectador. A televisão tem como uma de suas características a instantaneidade, portanto, o receptor deve “ pegar a informação de uma só vez”. Se isso não acontecer, o texto fracassa.

A diferença entre um texto de jornal impresso e o texto de um telejornal

O jornalista é o mesmo, a página no computador é semelhante, a intenção (de informar) é a mesma. O que difere é a maneira de transmitir a informação. Ou seja: são duas maneiras diferentes de produzir informação, com o mesmo objetivo – formatos diferentes com o mesmo conteúdo.

Quem escreve um texto para a TV deve se lembrar que o mesmo será lido em voz alta por alguém e captado de uma só vez, pelo receptor(es). Assim, é sempre importante que se leia em voz alta o próprio texto. Dessa forma, é possível descobrir certos problemas, sentir o que falta e o que pode ser mudado. Quem escreve deve ser a primeira pessoa a entender o texto.

Uma das diferenças básicas são palavras rimadas dentro de um mesmo texto. Através da leitura em voz alta é possível identificar palavras em sequência com a mesma terminação. Em um texto impresso, estas palavras podem até não atrapalhar muito, mas no texto falado soa de forma desagradável.

EX.: Texto com excesso de ão. Dificulta a leitura e fere a audição.

Leia em voz alta:

O governo vai investir um bilhão para acabar com a poluição, e esse é um passo importante a preservação da região.

Reescrevendo:

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A sonoridade

Por trás da leitura em voz alta existe também outro fator decisivo. No telejornalismo, o efeito sonoro do texto é de extrema importância, afinal, estamos atingindo a audição das pessoas nas transmissões de mensagens. Muitas vezes, descobrir um sinônimo pode harmonizar a sonoridade da frase sem perder a informação. Da mesma forma, mudar a ordem das palavras também pode ajudar.

EX.: O governo decidiu, prioritariamente, pela diminuição subjacente da taxa de juros aos impostos federais.

Reescrevendo:

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Cacofonia: união desarmônica da sílaba final de uma palavra com a primeira da próxima.

A colega tinha a resposta na ponta da língua

Ele é um esportista sueco corajoso

O time do América ganharia esse jogo de qualquer maneira

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Assim, a melhor dica para se aprimorar um texto, além é claro da experiência diária, é ler sempre em voz alta. É possível descobrir frases sem nexo, informação errada, palavras repetidas, estilo pobre. Tudo isso pode ser melhorado com a leitura do texto em voz alta. Veja os exemplos abaixo:

Acontece neste momento uma rebelião no Centro de Detenção de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. O motim foi de madrugada depois que os presos tentaram fugir.

Pergunta: A rebelião está acontecendo ou foi de madrugada?

Ainda não terminou a rebelião no Centro de Detenção de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. O motim começou de madrugada depois que os presos tentaram fugir.

***

O primeiro ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair disse que o governo iraquiano vai poder vetar as ações militares da coalizão depois da transferência de poder, marcada para o dia trinta de julho.

A palavra poder é usada com dois sentidos na mesma sentença. No primeiro caso, poder é possibilidade, no segundo, é governo.

O primeiro ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair disse que o Iraque pode vetar as ações militares da coalizão, depois da transferência de governo no dia trinta de julho.

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Um intenso confronto foi travado entre soldados americanos e rebeldes iraquianos na cidade de Najaf. Nove pessoas morreram e um dos templos mais sagrados de Najaf foi atingido durante os combates.

Existe algum confronto que não seja intenso? Existe algum templo que seja mais sagrado que o outro?

Um confronto entre soldados americanos e rebeldes iraquianos, na cidade de Najaf, causou a morte de nove pessoas. Um dos templos da região foi atingido.

Ritmo

O ritmo é um dos elementos mais fundamentais em um texto para TV. É por ele que o receptor irá captar o sentido do texto, a mensagem, apreende a informação. O ritmo favorece a concentração de quem está assistindo ao telejornal. Não deve ser contundente ou agressivo, porém não dá para ser monótono ou lento. Seguem duas sugestões:

Frases curtas: Ajudam a compreensão. Uma série de frases curtas dá um sentido de ação à notícia e passa a informação sem rodeios. Uma frase longa tem de seis a sete linhas – lauda padrão jornalismo. Utilize palavras curtas. Apesar dessa objetividade e redução, é importante variar o tamanho das frases para a informação não soar como algo telegrafado.

Pontuação: Adequada, ela é fundamental para o ritmo do texto e a compreensão do telespectador. Ela dá o embalo do texto e o tom do que vai ser lido a seguir. Use os sinais gráficos (dois pontos, reticências, exclamação, vírgulas) para que o texto possa ser interpretado, permitindo pausas, intervalos e mudanças na entonação da voz do locutor. Isso ajuda na respiração do locutor e na compreensão do texto.

O homem estava sentado calmamente ouvindo a história que o vizinho havia lhe contado pela manhã mas na hora chegaram a polícia o bombeiro a ambulância e todo o aparato foi montado ali mesmo para o atendimento à vítima que não estava agonizante no passeio o que surpreendeu a todos principalmente aos policiais encarregados de investigar o caso do homem que havia sido baleado durante a madrugada inacreditável

O locutor precisa respirar!

Depois de quarenta dias fechadas, as comportas da Usina Hidroelétrica de Ilha Solteira, no Rio Paraná, que fica na divisa de São Paulo e Mato Grosso, foram reabertas, a situação está totalmente controlada, e a população da região está livre de qualquer possibilidade de racionamento de energia elétrica.

Frases longas intercaladas entre vírgulas podem ser usadas no impresso e em revistas, mas na TV devem ser esquecidas:

As comportas da Usina de Ilha Solteira, no Rio Paraná, foram reabertas. Elas ficaram fechadas por quarenta dias. A situação foi normalizada e os moradores da região, na divisa de São Paulo com Mato Grosso, estão livres do racionamento.

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  1. danih permalink
    junho 24, 2010 9:54 pm

    adoreii!ajudou no meu trabalho!!

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